top of page

///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////

Poesia

A arte de viajar à deriva e ressurgir com paixão

A arte de viajar à deriva e ressurgir com paixão.jpg

Este é o terceiro livro de poesia de Victor Leonardi.

Ao contrário dos dois livros anteriores, que continham poemas escritos em diferentes fases da vida do autor, este foi todo escrito em 2002 e 2003.

 

Vários leitores do Brasil e de Portugal têm enviado calorosas mensagens para Leonardi a respeito desse trabalho.
Reproduzimos abaixo trechos de uma resenha escrita por Isaque de Carvalho, da Universidade Livre de Lisboa, autor de uma tese de mestrado em filosofia sobre a ideia de liberdade:


SAIR DE CASA PARA REGRESSAR À CASA EM UM QUALQUER PONTO

 

“Com esta Arte de Viajar, novamente vem à tona, como uma reactualização de motivos arcaicos e em forma de canto, o mesmo mistério mito-poiético que move tanto as obras em verso de Leonardi, quanto as suas vigorosas e caleidoscópicas narrativas ensaísticas como o são Jazz em Jerusalém, Entre árvores e esquecimentos e Os navegantes e o sonho, embora desta feita com um terrível aspecto de vórtice sorvedouro por um triunfo do Espírito. Efectivamente, trata-se de um canto a respeito do cósmico drama da inefável Liberdade... todo o mistério.
(...) Contudo, embora evoque uma viagem à deriva, há um ritmo no cantar do poeta, à maneira da pujança da natureza do rio Una descendo em direção ao mar, da chuva que chove, ou do irradiar luminoso do Sol, que embala e nos conduz de maneira vária às múltiplas dimensões da liberdade, como um convite à transcensão dos vários possíveis e ao alcance daquele Todo que possibilita todos os possíveis... “

 

Universo do verbo

Tudo é possível
Mas pode ser que nada se realize!
As narinas da máscara afundaram no pântano.
Deus lhe dê muito boa-tarde.



O começo


Desacompanhado,
Sem testemunhas,
Será que errei o caminho?
Comecei a vida desse jeito.
Por um fio.

 

O sentimento de posse e o tédio


Na rua onde meu pai morava as pessoas eram medidas pelo tamanho da casa e pela marca do carro.
Também eram medidas pelo número de alqueires da fazenda que possuíam.
Essas pessoas orgulhavam-se de suas raízes.
Como eu não sou vegetal e não tenho raízes na terra, mas sim no Espírito,
Saí daquela rua aos quinze anos de idade, vagamundo e feliz.
Violino viageiro.



Recomendação


Aqueles que conhecem a alegria no trabalho são construtores.
Os outros precisam ser ajudados.
Recomendo um salto no escuro.

Ficha Técnica

Título
Território do escritor

Ano
2003

Gênero

Poesia

 

Editora

Editora IDB

 

82 páginas

bottom of page