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Amazônia

Projeto Natterer

Sobre Johann Natterer


Natterer embarcou para o Brasil, aos 30 anos, como membro da expedição que acompanhou a princesa imperial, Leopoldina, por ocasião do casamento com Dom Pedro, feito por procuração em 13 de maio de 1817. Sua formação científica já lhe havia dado boa reputação entre os austríacos e um contrato com o Imperial Gabinete de Objetos da Natureza, em Viena. Nasceu em 1787 em Laxemburg, que fica a poucos quilômetros de Viena. Estudou no ginásio dos piaristas, na capital, e frequentou em seguida vários institutos de ensino superior, nas áreas de anatomia, história natural e química. Já havia feito várias viagens de estudo e pesquisa pela Europa - colecionando animais - quando foi designado membro da expedição ao Brasil, que acabaria sendo a maior experiência profissional de sua vida. A própria obra de zoologia de Natterer ficou inconclusa, com sua morte prematura, aos 56 anos de idade. Restou inacabada ainda uma monografia sobre mamíferos brasileiros, que ele pretendia redigir em colaboração com o professor Andréas Wagner, de Munique. O manuscrito da grande obra ornitológica que projetara, foi queimado durante um incêndio ocorrido em 1848, cinco anos após sua morte.
Fato importante na história de Natterer é a ausência de preconceito em relação a índios e caboclos, como se evidencia em alguns viajantes daquela época, cuja visão etnocentrista muitas vezes prejudica seus relatos. Natterer, pelo contrário, além de ter libertado o escravo Luis, seu companheiro de viagem, casou-se com uma índia Mura e com ela teve três filhos, levando toda a família com ele para Viena em 1835.

 


Projeto Natterer

Victor Leonardi passou a fazer parte, em 1987, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da UnB, que possui um Núcleo de Estudos Amazônicos, e aí desenvolveu vários projetos. Um deles chama-se Projeto Natterer e foi feito em parceria com o Museu Amazônico, de Manaus.
Leonardi, Andréa Fenzl e o historiador amazonense Geraldo Pinheiro foram até a Áustria, em 1996, em companhia do fotógrafo Juan Pratginestós, e aí localizaram e fotografaram, no Museum für Völkerkunde, de Viena, centenas de peças etnográficas coletadas por Johann Natterer na Amazônia há 200 anos.
O resultado foi uma exposição itinerante que passou por dez museus brasileiros nos anos seguintes.
Uma seleção de 20 fotos desse acervo foi entregue aos povos indígenas da Amazônia, por ocasião da passagem por Manaus, da Expedição Humboldt, coordenada por Leonardi e o biólogo Cezar Martins de Sá.

Fotos da galeria: Juan Pratginestós

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