Victor Leonardi

Este é o sexto livro de poesias de Leonardi. A foto da capa é de João Paulo Barbosa.

A respeito deste livro o historiador e filósofo Isaque de Carvalho disse o seguinte:

“Não restam dúvidas, o poeta Victor Leonardi deixa explícito o fulcro de sua obra quando afirma seu esforço de toda uma vida numa constante e bailante aproximação com o abismo fundador de deuses, homens e mundos, como entende o mitólogo e helenista Eudoro de Sousa.

Abismo configurador de momentos historiáveis, como o paradoxal “Nada que é tudo” do filósofo Agostinho da Silva: uma verdade não-manifesta que, no entanto, manifesta-se através da história. É a isso que Leonardi chama mistério, realidade para além das aparências, fonte da vitalidade a que todo processo criativo faz referência.

Compreendendo o mistério como qualidade estranha e imponderável, lado desconcertante da vida, Leonardi o relaciona com o próprio fulgor da beleza, que constitui, segundo Walter Benjamin, o poder que libera criatividade no lavor poético.”

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Refúgios

 

Conheço vários espaços de brasilidade que ainda resistem diante do caos.

Um deles fica às margens do rio que tem nome do santo de Assis, o Francisco.

Um outro Francisco, o Xavier, deu nome ao lugarzinho tranquilo,

Da Serra da Mantiqueira, onde agora estou morando.

O Brasil sabe esconder e proteger seus mais belos refúgios...

O caos não nos dissolverá.

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Tensão extrema

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Sempre vivi insatisfeito dentro de escritórios

E ao lado de muita gente.

Nunca me adaptei às várias profissões que exerci.

A culpa não era de meus colegas,

Era exclusivamente minha:

Nasci para ser violinista, poeta ou andarilho...

Achei o violino muito difícil.

Está até hoje encostado em um canto de minha casa.

Na alma do mundo há uma linha de amor

E uma linha de cólera.

Tenho que tomar cuidado.

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Ficha Técnica

Título
Nasci no país que tem nome de árvore

Ano

2012

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Gênero

Poesia

 

Editora

Gaia Produções

 

104 páginas